Como fechamos o ano de 2020? – 28 de dezembro de 2020

Rating de Seguros – Comentário Econômico n 792

Prezados Senhores,

Esse é o último Comentário Econômico de 2020. Nesse ano difícil, foram 105 e-mails, com uma média de 1 comentário a cada 3,5 dias.

Para fechar o ano, é interessante fazer um comentário mais longo sobre o que foi o ano e o que esperar para 2021.

Inicialmente, em uma análise micro, é sempre importante ressaltar a eficiência com que o segmento de seguros conseguiu se adaptar a um novo cenário, sem perda de eficiência. Todos os agentes merecem os parabéns. No aspecto macro, nas seguradoras, o lucro agregado em 2020 deve cair uns 15%, quando comparado ao nível de 2019. Em termos de receita, o segmento total (seguros + saúde) deve ter uma variação nominal de 5%. Isso leva a uma perda real, quando comparamos, por exemplo, com a variação do IGPM. Nos produtos de acumulação, porém, a queda será maior. No máximo, o valor de 2020 vai ser igual ao de 2019. Ninguém conseguiu poupar mesmo. Diante das circunstâncias terríveis do momento, com uma estimativa de queda de PIB de 4% em 2020, consideramos que os números do setor foram razoáveis. A tabela abaixo, mostra os dados de 2018, 2019 e 2020.

Receita (R$ bilhões)

2018 2019 2020e Var. 18/19 Var. 19/20e

Seguros

110,3 118,5 124 7% 5%

Saúde Suplementar

197,4 213,5 224 8% 5%
Seguros e Saúde Suplementar 307,7 332 349 8%

5%

VGBL+Prev 111,8 129,2 129 16%

0%

Total do Segmento 419,5 461,2 478 10%

4%

e: estimado.

Para o ano de 2021, o Indicador de Confiança do setor está em 120 pontos, um sinal claro de otimismo. A recuperação veio se dando ao longo do ano, após atingir os 50 pontos em maio, como sinaliza o gráfico abaixo. Em termos de país, nesse momento, a previsão de variação do PIB em 2021 está em 3,5%. Além disso, a vacina está em horizonte próximo. Tudo leva a crer que o ano que vem será de recuperação. O mercado de seguros deve voltar a crescer nominalmente com dois dígitos. As chances são grandes. Porém, é nossa obrigação ressaltar que existem alguns nuvens que precisam ser dissipadas, como o aumento da inflação, a dívida pública e uma instabilidade política maior. Mas, enfim, economicamente, um ano de 2021 pior do que 2020 vai ser difícil.

Agora, o momento é de comemorar a volta da vida. Muita saúde e feliz ano novo!

Cordialmente,

Francisco Galiza.

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